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Facebook pode te rastrear mesmo se você fizer logout


Que o Facebook é um sucesso completo ninguém contesta. Atualmente, ele reina absoluto no campo das redes sociais. Mesmo com a interface um tanto confusa para iniciantes, novos usuários não param de chegar à rede de Mark Zuckerberg. O que a maioria não sabe, é que só recentemente a rede melhorou sua política e controle de privacidade e segurança, sendo já contestada inúmeras vezes por órgãos competentes.
Mesmo assim, o quesito segurança do Facebook foi novamente colocado em xeque. Desta feita, por um pesquisador que atende pelo nome de Nik Cubrilovic. Ele descobriu que os cookies oriundos da rede social têm a capacidade de rastrear quais sites você visita. Para tanto, a página visitada precisa ter o botão “Curtir” incorporado à ela, ou então qualquer outro plugin oferecido pelo Facebook. E convenhamos que hoje em dia este botãozinho é parte quase que obrigatória do layout da maioria dos sites.
Assim, basta clicar no botão para compartilhar a página no seu perfil. Até aí, tudo bem. Se não fosse pelo fato do cookie continuar ativo mesmo depois de você fazer logout na rede de Mark. O correto seria que, após efetuar o logout da página do Facebook, o referido cookie, que guarda dentre outras informações a sua ID de usuário, fosse deletado do seu computador. No entanto, ele sofre apenas algumas modificações em seus parâmetros, e continua a te “vigiar” mesmo que você saia efetivamente de sua conta. Desta forma, sempre que você acessa alguma página que conta com o botão “Curtir” em seu layout, o Facebook sabe que você passou por lá!

Será que é isso?
Para comprovar a sua afirmação, Nik fez alguns testes. Ele criou várias contas fakes na rede e passou a usá-las por um tempo. No decorrer do uso, o Facebook começou a sugerir a conta original dele como amigo para as suas contas fakes. Como o Facebook ficaria sabendo da relação entre as contas, se ele sempre usava uma por vez? Em tese, as contas não eram para serem sugeridas umas as outras, já que não havia relação entre as “pessoas” que as usavam. Para Nik Cubrilovic, essa foi a prova mais contundente para a sua suspeita.
O que dá a entender, com isso, é que o Facebook quer continuar monitorando o uso que as pessoas dão à internet, quais sites acessam, quais seus gostos e interesses e outras informações relevantes, para que com isso a rede possa sugerir conteúdo complementar e propaganda direcionada de forma mais eficaz, aumentando o lucro tanto da rede social quanto das empresas em que nela investem, veiculando publicidade.
Nik Cubrilovic tentou por vezes entrar em contato com o Facebook para avisar sobre esta suposta “falha”, mas só depois de muito tentar foi que obteve uma resposta. O engenheiro do sistema de log-in, Gregg Stefancick, justificou o uso deste cookie dizendo que ele é uma ferramenta de segurança adicional, capaz de identificar que mais de um usuário está usando o mesmo computador, como nas lan houses, e assim desencorajar o uso da opção “mantenha-me conectado” nestes ambientes, e nunca para monitorar as páginas que os usuários acessam.
Além do mais, ainda segundo o engenheiro, os cookies são um elemento crucial para identificar e evitar que phishers e spammers façam uso da rede social.

Trecho do código-fonte do referido cookie
Por um lado, eu dou razão aos motivos apresentados pelo Facebook, os cookies têm a sua parcela de importância, tanto no aspecto de carregamento do site como na questão da segurança. Por outro prisma, é realmente preocupante que uma única companhia tenha acesso a tantas informações sobre tantas pessoas diferentes.


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